Nova Planilha PFUI Caixa 2021 [ Planilha PCI ] Tutorial Completo

No dia 2 de junho, a nova planilha PFUI Caixa 2021, para proposta de financiamento da Caixa, foi lançada. Antigamente conhecida como PFUI (Planilha de Financiamento de Unidade Isolada), a planilha agora é chamada de PCI (Proposta de Construção Individual) e trouxe outras mudanças, junto com a alteração de seu nome. Para te ajudar a entender tudo sobre essa nova planilha, eu fiz um vídeo completo no meu canal, explicando tim tim por tim tim sobre ela. Spoiler: é bem simples!

Esse texto aqui no blog é um resumo do meu vídeo e traz os pontos principais sobre essa planilha PCI, que inclusive, você pode baixar direito aqui no meu site, na aba de material gratuito ou clicando aqui. Minha proposta é te explicar cada um dos campos dela e te ensinar a preenchê-la, pra não sobrar dúvidas. Vamos lá?

Visão geral

Essa nova planilha PCI (planilha PFUI Caixa 2021) tem 4 abas: a primeira é para informações da obra, informações dos técnicos, informações construtivas e orçamento – que inclusive, agora pede ainda menos dados do que antes, somente os itens mais gerais. Ela não pede mais os detalhes que eram necessários na planilha antiga. Como eu já comentei em outros vídeos e em outras oportunidades, para nós, fiscais de banco, são pontos que realmente não importavam. O que precisamos é apenas saber se a obra é viável para o banco e para isso, só preciso dos percentuais de incidência, custo e custo total da obra. 

A segunda aba é chamada de reprogramação de cronograma. Ela só será usada caso a obra atrase ou adiante. Nela, de acordo com as etapas de mudança de seu projeto, você vai preencher as fases, assinar e enviar para o responsável analista, que vai avaliar e aprovar ou não a reprogramação.

A penúltima ou terceira aba é separada para a reprogramação para alteração de projeto. Caso alguma das descrições feitas na primeira aba, de informações da obra mude, é nessa aba que você comunicará a mudança e especificará como será feita agora essa parte da obra.

A última aba é de uso dos analistas, fiscais de banco. Essa aba é um laudo de análise e está disponível para nós usarmos nas avaliações do imóvel, caso o sistema da Caixa esteja fora do ar, no momento.

Vamos ao preenchimento então?

 

Informações da obra

Identificação

Na primeira aba, temos o campo da identificação. Os dados que aqui devem ser adicionados (proponente, e-mail, cpf, telefone) são os dados do cliente, ou seja, de quem solicitou o financiamento da Caixa.

Em seguida, temos dois campos de preenchimento para responsáveis técnicos: um para a arquitetura e um para a execução. Se os dois serviços forem feitos pelo mesmo profissional, preencha duas vezes os dados dele. Não deixe o documento com campos sem preenchimento.

Se forem diferentes profissionais, preencha com os dados de cada um deles, em seu respectivo canto. É importante já dizer que quem assina a PFUI ou PCI é o Responsável Técnico pela Execução da Obra – RTE. Se não for ele quem assinar, o processo pode ser recusado. Por isso, preencha esse campo com atenção.

Identificação do Imóvel proposto

Depois, coloque os dados do imóvel. Geralmente, o campo que mais gera erros no preenchimento é o das coordenadas geográficas.

Para achar essa informação, uma das maneiras mais simples é visitar o site do Google Maps, colocar o endereço e clicar 1x no local. O Google apresentará um box com coordenadas na parte inferior da tela, mas ainda não são as que devemos usar. Ao clicar em cima dessas coordenadas, o Google abre outra tela, mostrando a mesma localização com a formatação que precisamos. Copie e cole no campo solicitado.

No meu vídeo, eu mostro para você exatamente como fazer isso, aos 8:47 minutos do vídeo. Dá uma olhada!

Ainda sobre a identificação do imóvel, se você utilizar uma construtora, preencha o campo com os dados dela. Se não, deixe o campo em branco.

Documentação para análise técnica

Nessa parte do documento, a planilha nos mostra a documentação básica para a análise técnica. Olhe os itens da planilha e perceba, ao clicar em “falta”, nos primeiros 4 itens na esquerda, que são itens obrigatórios. Por isso, lembre-se de ter todos eles já prontos, ao enviar essa planilha para o banco ou para o fiscal.

Dados para o projeto

Na etapa do preenchimento do projeto, vale destacar o campo do valor do terreno: esse é um campo informativo. Não é o valor aprovado pela Caixa. O valor aprovado pela Caixa quem define é o avaliador.

Outro ponto interessante é que a Caixa nunca antes aprovou sistemas inovadores sem uma autorização prévia das Gihabs e as Ciharmns (as gerências regionais desse banco), então era bem difícil você ter a aprovação de um projeto em Steel Framing, por exemplo. Agora, esse processo ficou um pouco mais simples.

A Caixa te dá a opção de selecionar ali mesmo, no box de preenchimento, um sistema inovador. O que muda dos sistemas convencionais para esse é que caso você selecione um sistema inovador não-previsto nas normas descritivas NBR-ABNT, você será responsável por apresentar:

1. DATec válido;

2. Termo de Ciência e Responsabilidade de Manutenção;

3. Termo de Compromisso e Garantia – Unidade Isolada;

4. ART/RRT de Projeto Estrutural;

5. Manual do Proprietário – Condições de Manutenção.

Então veja, você pode até aprovar um sistema inovador em seu projeto de financiamento, mas terá que se responsabilizar por ele e apresentar os documentos solicitados.

Memorial descritivo

O próximo passo é o preenchimento do Memorial Descritivo. Ele tem a responsabilidade de conter as informações do padrão de acabamento da obra, a partir de opções pré-definidas (você seleciona pela seta qual o tipo de finalização para aquela categoria).

Custos

A etapa dos custos está muito mais simples do que antes, na antiga PFUI. Sinceramente, eu nunca liguei para os detalhes e informações, só para o valor total e para as incidências dos macro itens, esses, que se mantiveram. Para preencher essa etapa, você só coloca o valor do custo e a própria planilha calcula o valor da incidência e a porcentagem.

Você consegue ir regulando o valor, de modo que respeite as incidências aceitáveis de mínimo e máximo, propostas pela Caixa, mas… Não significa que seja regra estar dentro desses parâmetros. Caso você ultrapasse ou fique abaixo da incidência aceitável que ele indica, você poderá justificar a sua necessidade (ou falta) em um campo que fica logo abaixo, que eu grifei em amarelo, chamado: “Justificativas para itens fora das referências de incidência no orçamento acima”.

Preencha detalhadamente.

Caso você utilize os serviços de uma construtora, adicione também o BDI (Benefícios e Despesas Indiretas) da tabela anterior. Observação importante: Segundo o normativo da nova planilha, o BDI máximo é de 18%, só que a planilha aceita até 20%.

Então, dica de ouro: não preencha mais do que 18% do BDI. Por mais que a planilha aceite até 20%, eu como analista vou seguir o normativo e esse documento aponta que o máximo é 18%.

Serviços e custos adicionais

Ao lado de onde você justificou os itens fora das referências de incidência no orçamento que conversamos acima, a Caixa adicionou um campo para que você descreva serviços e custos adicionais. O que isso significa? Significa que tudo o que você adicionou em “Outros”, na planilha de custos da obra, deve ser descrito nessa etapa.

Caso você faça uma piscina, churrasqueira, parede verde, muros, etc, você deve apresentar esses itens em “Serviços” e adicionar seu custo aproximado. Como resultado, depois de preenchida essa etapa, o campo de “Resumo dos custos” trará algumas somas prontas para você.

Na aba “Resumo dos custos”, você terá apenas que selecionar qual o tipo de projeto padrão adotado para a obra (CUB, NBR-ABNT 12.721, PINI ou SINAPI).

Poligonal do Terreno

Por fim, temos a Poligonal do Terreno:

Particularmente, achei essa inovação muito bacana, porque ela vai ajudar a todos nós, fiscais de banco. Isso porque muitas vezes, fica difícil encontrar a casa para fazer a vistoria (dados incorretos no cadastro, coordenadas erradas, etc). Agora, com a poligonal, será mais fácil. Para inserir uma imagem no campo, é bem simples: você só precisa clicar na seta azul e adicionar uma imagem da poligonal de seu banco de imagens ou documentos, feita a partir do Google ou a partir da planta do loteamento.

No meu vídeo sobre a nova planilha PCI da Caixa (planilha PFUI Caixa 2021), eu ensino a tirar a poligonal a partir do Google, aos 23:50 minutos. Caso você tenha curiosidade ou queira aprender, dá um pulo lá clicando aqui!

Cronograma Físico Financeiro

Também muito mais simples do que antes, agora apenas com a informação que a gente realmente usa nas medições: o percentual mensal de cada etapa. Eu recomendo fazer sempre etapas de no máximo 15%, porque se você fizer uma etapa de 25%, 30% por exemplo, você pode atrasar a medição. Lembre-se: a medição só pode ser feita quando a obra atinge o total da medição prevista.

Outra observação importante: a última etapa desse processo tem que ter uma porcentagem de, no mínimo, 5%. Isso significa que ela pode ter mais (6%, 10%, 15%); mas não pode ser igual a 4% nem menos do que isso.

Depois que essa etapa estiver pronta, é só assinar: o cliente e também o responsável técnico da obra (que já indicamos os dados, na parte superior do formulário).

Segunda Aba – Reprogramação

Quando sua obra atrasa, é necessário montar um novo cronograma de desenvolvimento dela, para que o fiscal aprove. Se for necessário alterar o programa da construção, é essa planilha, na segunda aba, que você irá usar. Você deve preencher os meses que já se foram e em seguida, como será a reprogramação, para que a obra termine no prazo dito anteriormente.

Depois de preencher, você cliente, solicitante do financiamento, assina e manda para o responsável técnico (fiscal de banco) para que ele possa avaliar e aprovar ou não.

Terceira Aba – Reprogramação de Projeto

Usaremos essa aba quando for necessário fazer alguma alteração no projeto, que de alguma forma, mudou durante a obra.

Assim, descreva no primeiro campo qual foi a proposta feita, na contratação da operação e no campo abaixo, descreva a alteração proposta e a justificativa técnica para a mudança. Não esqueça de detalhar e embasar técnica e financeiramente a alteração, conforme o banco solicita no campo acima.

Quarta Aba – Laudo De Análise

A última aba é o laudo de análise. Como comentei anteriormente, só os credenciados (fiscais da Caixa) é quem vão usar esse documento, para avaliar. Os campos são, em sua maioria, preenchidos automaticamente, de acordo com as informações adicionadas em outras abas.

O avaliador tem apenas que preencher os campos da análise: equação de regressão de avaliação do terreno e do imóvel, fazer a análise de viabilidade, e finalmente aprovar ou não seu processo de financiamento.

Este documento só será utilizado caso o sistema da Caixa esteja fora do ar ou com problemas de funcionamento no momento da avaliação.

Ponto importante: é necessário incluir a planilha junto com o documento assinado para a aprovação da caixa porque o fiscal tem que ter acesso a essa planilha preenchida e completa (com as partes do cliente) para fazer a avaliação caso o sistema da Caixa esteja fora do ar ou tenha algum problema no momento da avaliação.

Essa é a nova planilha da antiga PFUI, agora chamada de PCI. Fique ligado porque logo mais lançaremos mais um texto no blog, falando agora a respeito de como fazer a medição de obra segundo essa planilha PFUI Caixa 2021 (ou PCI)! Mas, já te adianto que temos vídeo no canal já lançado sobre isso também! Confira aqui.

Por fim, espero de coração que esses textos e os vídeos te ajudem e tirem todas as suas dúvidas sobre essa atualização da planilha da Caixa, que veio pra melhorar e simplificar o processo para nós.

Caso tenha alguma dúvida ainda, fique à vontade para entrar em contato comigo! Farei meu melhor para tentar te ajudar 😉

Gostou do vídeo sobre a planilha PFUI Caixa 2021 (PCI)?

Então confira nossas outras matérias no site clicando aqui!